A história da Playboy

maio 5, 2007

Como manda a tradição, no máximo um mês depois que uma eliminada do BBB sai da casa, eu vou à banca e compro a sua Playboy. Alguns amigos me questionam, já que há vários sites na internet com as fotos. (Para quem quer se aprofundar no assunto: http://revistasgratisws.blogspot.com/.) Eu explico que compro a revista também pelas matérias e entrevistas. Mas nesta última Playboy (a da Fany), me deparei com algo alarmante, algo com que devo me preocupar. Antes de ver as fotos, olhei todos os anúncios da revista. Da primeira à quarta capa. Talvez eu até tivesse me esquecido de que ali havia mulher pelada se eu não tivesse visto a capa ao fechar a revista. Chego a uma conclusão que todo mundo já sabe: A Propaganda vicia.

Segundo o marketeiro Philip Kotler – se você fez cara feia ao ler esse nome, você é o público-alvo desse texto – uma pessoa vê mais de 1600 propagandas por dia. Um número duvidoso, mas quem questionaria Deus? Fico pensando a respeito de nós, viciados em publicidade, que antes de abrir o e-mail, vemos blogs e sites de notícias especializados, que para(vá)mos na rua para analisar os outdoors. De fato, estamos viciados nesse negócio e a volta, bom, esquece isso. Não tem volta, e você também não vai querer voltar.

Segundo pesquisas, os assuntos mais falados num bar aqui no Brasil são, em ordem, mulher, futebol e carros (a título de curiosidade, no Texas a mulher vem em quarto lugar). E se essa pesquisa fosse feita com publicitários? Pense no resultado. O que você acha que sairia?

Como a Fany, a Propaganda é linda e gera muitos assuntos. Eu não sou um maluco que só fala disso. Aliás, nem quero soltar minha opinião sobre as mesas do bar. Como um bom publicitário, você tem um histórico de bebedeira e já chegou a uma conclusão.

Agora, se você odeia a propaganda, é a favor da Lei Kassab, muda de canal no intervalo e já vivenciou a história da Playboy, cuidado. Seu vício pode ser outro. Uma dica: conheça o Texas. Ah, e não se preocupe, acontece. 

5 Responses to “A história da Playboy”


  1. Mto bom!
    Tenho minhas dúvidas se vc esqueceu que era uma revista de mulher nua, mas de qlq forma resultou em mais um texto fabuloso!
    Grande abraço!

  2. Fernando Says:

    Pelo q eu te conheço vc não esqueceu que era uma revista de mulheres desnudas… mas acredito que vc olhou as propagandas primeiro.

    Bom texto, de leitura, como sempre, agradável!
    Abraço!


  3. Hahahahahaha, sua moral ta baixa. Mas vou dar credibilidade ao texto porque eu “vi” isso acontecer, no msn ele fala “Comprei a Playboy da Fani”, eu o indago “E aí, ta safada como ela disse que ia estar?” imprimi a tela quando ele respondeu “Ainda não vi, to vendo os anuncios”.

    Bom texto.
    Abraço

  4. dameianoiteasseis Says:

    É verdade. O Honório foi o primeiro a saber de tal fato. Perguntei para ele se era normal. Ele disse para eu ir me acostumando, porque dificilmente se encontra um ex-publicitário. Ou um ex-gay.

  5. Borges Says:

    Grande Will.

    Excepcional o seu texto, alarmante, mas muito bom.
    O vício pela propaganda é algo que não se aprende.Nasce na alma do pequenino publicitário, qua ao nascer já dá de cara para um Merchandising, o logo do hospital estampado na roupa do médico…
    Como também lembrei eu meu Blog, na tentativa de justificar o nome “Na Prancheta com Borges”…”Já se dizia que para se ter grandes idéias é necessário,um bar, uma mesa de bar, uma cerveja e um guardanapo.(olha o papel ae).”
    É fato… as vezes um bar é o melhor lugar para se ter idéias, como na Playboy é ótiumo lugar para se ver anúncios.

    Abraços…. do Borges.


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